Introdução

No cenário econômico e financeiro mundial no qual as organizações estão inseridas atualmente, bem como a evolução nas ferramentas de gestão, o CFO é um dos profissionais mais importantes para que a empresa consiga maximizar seus lucros, isso porque ele é responsável por zelar pela saúde financeira da organização, identificando as melhores oportunidades de investimentos.

O Chief Financial Officer (CFO)

O Chief Financial Officer (CFO)A sigla CFO significa Chief Financial Officer, que em português corresponde a Diretor Financeiro, contudo o CFO possui responsabilidades mais amplas, já que suas atividades deixaram de ser restritas à área de contabilidade, passando a se concentrar na elaboração de estratégias que vão contribuir diretamente com a tomada de decisão, maximizando assim o desempenho financeiro da empresa.

A evolução no controle de tarefas de rotina da área financeira foi possível com a utilização de ferramentas de gestão, possibilitando então que o profissional da área pudesse se dedicar mais às estratégias, o que fez com que o CFO se tornasse uma espécie de braço direito do Diretor Executivo (CEO). Para tanto, a área financeira precisou passar por transformações que exigiram mudanças nos processos de negócio, nos sistemas de gestão de talentos, nos controles e nas políticas organizacionais, com o objetivo de maximizar o desempenho financeiro da organização.

Atualmente, tais mudanças elevam as pressões sobre o profissional e as funções de CFO, já que seus papéis na organização se expandiram e suas responsabilidades aumentaram. Este profissional exerce os papéis de operador, controlador, catalisador e estrategista. Como operador este profissional necessita garantir a eficiência das operações financeiras, gerenciando os serviços, os custos e os riscos. Para a Deloitte (2013, p. 8), o perfil profissional do CFO no exercício de seu papel de operador requer:

No papel de controlador, este profissional vai atuar mitigando os riscos e apoiando a empresa de modo estratégico, este papel é exercido principalmente na função de contabilidade e controladoria, assim o CFO vai precisar manter a qualidade dos dados financeiros, otimizando e reforçando os processos de controle conforme a complexidade do mercado em que a empresa está inserida e de acordo com o modelo de governança da organização.

Figura 1.2 – Os quatro papéis fundamentais do CFO

Fonte: Deloitte (2013, p. 09)

No papel de catalisador, o CFO vai alinhar a cultura organizacional da empresa com a função financeira, através do estabelecimento de parcerias com outros líderes para que as metas estratégicas de desempenho possam ser acompanhadas e mensuradas, o que vai requerer deste profissional uma visão sistêmica do negócio, capacidade de gerenciar mudanças na estrutura financeira e capacidade de comunicação.

Como estrategista, este profissional vai gerenciar o capital e os riscos de capital, sendo responsável por pensar a direção que a empresa tomará futuramente, aprimorando o desempenho organizacional e gerando valor aos stakeholders. Nesta função, de acordo com a Deloitte (2013, p. 9),

Ainda que existam inúmeras ferramentas que contribuem para a geração de dados que vão auxiliar a tomada de decisão nas organizações, a tomada de decisões erradas é um risco constante em qualquer empresa, pois o número de dados é cada vez maior para serem processados, o que também dificulta a tomada de decisão mais acertada. A melhoria na qualidade das decisões passa, portanto, pelo reconhecimento daquilo que pode prejudicar sua eficácia, e envolve a observação de fatores que ocorrem em três níveis:

• Nível individual: seus aspectos comportamentais são o resultado de profundas dimensões psicológicas que levam a padrões previsíveis de julgamento. Eles incluem pontos como preconceitos, valores enraizados e excesso de confiança.
  

• Nível do grupo: as armadilhas geralmente envolvem a falta de clareza em torno dos direitos de decisão. As equipes muitas vezes avançam em decisões importantes sem um acordo explícito sobre quem, o que e como estão envolvidos nesse processo.
  

• Nível organizacional: a eficácia da decisão torna-se uma questão de execução. Uma abordagem transparente para a comunicação e a implementação de decisões é fundamental.